quinta-feira, 3 de julho de 2014

Os Anticorpos Anti-Gliadina

Os anticorpos anti-gliadina são produzidos em resposta a gliadina. O trigo é codificado por diferentes alelos AA,BB e DD, estes alelos podem produzir diferentes gliadinas que  podem causar no organismo a produção de diferentes anticorpos. Alguns destes anticorpos pode detectar proteínas especificas.

Anti-gliadina IgA- Esse anticorpo encontra-se em aproximadamente 80% dos pacientes com Doença Celíaca. É dirigido contra a alfa/beta e gama gliadinas, alguns pacientes podem ter neuropatias que respondem favoravelmente a uma dieta de eliminação do glúten.

Anti- Gliadina IgG - A igG é semelhante ao IgA, porém se encontra em níveis mais elevados em pacientes com a IgA. Também esta associada a Doença Celíaca e sensibilidade ao glúten.

Anti-Gliadina IgE-  São encontrados em alergias, como urticária e asma, o alvo dos anticorpos é  a sigma-5-gliadina. 

AGA (IgA) é um exame de sangue usado para detectar a presença da doença Celíaca, alergias ou fenômenos idiopáticos. A medição do AGA é feito com ELISA, testes medem o nível de AGA em relação a um padrão, tal como um nível de 10, mais do que 10 é igual a Doença Celíaca, a média esperada é de um valor igual a 3.
Os anticorpos anti-gliadina foram um dos primeiros marcadores sorológicos da doença. A sensibilidade do paciente é de cerca 85%. Para o diagnóstico da doença celíaca é feito o exame anticorpo antigliadina (IgA) e anticorpo anti-endomísio (IgA) e anticorpo antitransglutaminase. Mesmo dando positivo, não quer dizer que a pessoa tenha doença celíaca. Em seguida, é pedido uma biopsia endoscópica do intestino. Alguns pacientes podem ser assintomáticos,porém quaisquer sinais devem ser valorizados para a investigar a doença.


Millena Ganem Bannwart e Carlos Egito Jr.
http://en.wikipedia.org/wiki/Anti-gliadin_antibodies

Gliadina: A Proteína do Glúten

A Gliadina é uma proteína presente no trigo e nas outras famílias do gênero Triticum. A gliadina e a glutenina, são os dois principais componentes do glúten, a gliadina é a parte solúvel, enquanto a glutenina é a parte insolúvel que compõe o glúten. A Gliadina possui compostos monoméricos, diferente da glutenina que possui polímeros. 
A Gliadina é divida conforme sua sequência de aminoácidos:
alfa/beta-gliadinas- são solúveis em álcoois de baixo percentual;
gama-gliadina-  forma ancestral de gliadina rica em cisteína com apenas intracadeias de pontes dissulfeto;
sigma-gliadina- solúveis em percentagens maiores, de 30-50% de acetonitrilo ácida.

O Trigo é um dos grãos mais consumidos no mundo inteiro e torna-se uma parte substância da dieta humana,  hoje em dia 1% da população é atingida pela doença Celíaca, na qual a pessoa é sensível à alfa,beta e gama gliadina. Aqueles que são sensíveis ao trigo, ou seja, possuem a doença urticaria, que pode manisfestar como uma alergia alimentar, mas também pode ser uma alergia de contato, são sensíveis a sigma gliadina.
A Gliadina também pode servir como carregadora de enzimas, como a superóxido dismutase, que se funde com a gliadina, formando GliSODin. O superóxido dismutase (SOD), é naturalmente criado pelo corpo para ajudar a proteger contra os danos nas células, a Gliadina é enrolada no SOD, protegendo a enzima dos ácidos que estão dentro do estômago e permite a passagem para o intestino para ser absorvido pelo organismo. O GliSODin ajuda a lutar contra a fibrose hepática, toxidade alérgica e inflamação alérgica, o GliSODin também tem propriedades neuroprotetoras e tem mostrado proteção contra o envelhecimento e auxilia atletas, diminuindo o lactato após exercícios.
A Gliadina Deaminada, ou seja, é retirado seu radical amina, é produzida a partir do tratamento com ácido. A enzima transglutaminase tecidual converte a glutamina para ácido glutâmico, isso ocorre porque as gliadinas são solúveis em álcool e não pode ser misturada com outros alimentos sem alterar a qualidade deles.
A Doença Celíaca é a intolerância ao glúten, mas focada na gliadina, a proteína tem a capacidade de ativar a doença  na pessoa através da sequência de aminoácidos. A doença Celíaca começa com uma intolerância, porém, como ela pode passar despercebida  durante um longo período, pode causar graves danos ao sistema digestivo e causar outros problemas, como a intolerância a lactose. A doença exige um tratamento de uma dieta sem glúten ao longo da vida.


Transglutaminase tecidual

Millena Ganem Bannwart e Carlos Egito Jr.

http://en.wikipedia.org/wiki/Gliadin
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23482055

quarta-feira, 2 de julho de 2014

A Cerveja e o Glúten

     

Os dois grupos de proteínas que formam o glúten são: as poliaminas e as gluteínas. Cada cereal apresenta um tipo diferente de poliamina em seu endosperma. A da cevada é a hordeína; trigo, gliadina; centeio, secalina; aveia, avenina; milho, zeína; arroz, orzeína e sorgo katirina. Quando exposto à água e ações mecânicas, como por exemplo, a sova ou mosturação da cerveja, é o glúten quem dá à cerveja a espuma o corpo .
Uma parcela da população possui sensibilidade a este composto, provocada por uma deficiência no aparelho digestivo. As patologias mais comuns são as Doenças Celíacas e a Dermatite Herpetiforme. Ambas são doenças crônicas e incuráveis. Uma das soluções é a utilização de uma dieta isenta de glúten. 

A resposta até um tempo atrás seria que nunca mais ingeria cerveja, mas o número de pessoas com doenças relacionadas  ao glúten é muito grande, em regiões nas quais os cereais são os principais alimentos. Nos EUA a estatística é de 1% da população, mas esse número representa apenas os casos confirmados. O difícil diagnóstico aponta para números maiores. No Brasil não existe estatística oficial, mas a estimativa é de cerca de uma para cada 200 pessoas.
Visto que, as pessoas não podem ingerir cerveja com glúten as empresas, que fabricam cerveja, vem estudando e analisando métodos para produzir uma cerveja sem glúten e com as mesmas propriedades de uma cerveja normal, como espuma e corpo.

Os celíacos possuem um problema direto com as poliaminas hordeína, gliadina, secalina e avenina. Por isso existem estudos que buscam isolar e eliminar esses componentes específicos. Com isso, o objetivo seria produzir uma cerveja que seja segura para os celíacos. Esse, porém, é um projeto mas com a estatística apontada mostrando o número de celíacos e pessoas preocupadas com a saúde. As empresas futuramente vão produzir essa cerveja porque de uma certa forma é rentável para eles.


Carlos Egito Jr. e Millena Ganem

http://beerlife.com.br/portal/edicao/default.asp?edicao=7&secao=Estilos+de+Cerveja&id_materia=47
http://www.obagastronomia.com.br/cerveja-artesanal-gaudenbier/

Doenças na Cultura do Trigo

O Trigo no Brasil é atacado por um número grande de doenças. As condições climáticas, onde predominam temperaturas altas e precipitações pluviais frequentes , favorecem o desenvolvimento de diversas doenças, principalmente aquelas causadas por fungos. Essas podem ser responsáveis por perdas elevadas no rendimento e na qualidade do trigo. Estudos demonstram que a perda de 44,61% da produção, equivalente a 1.152 kg (19,2 sacas de 60 kg) de trigo por hectare, foram atribuídas às doenças fúngicas.

Oídio: Doença causada por Blumeria graminis  f.sp. tritici, ocorre na epiderme da planta, formando um aspecto algodonoso, devido ao micélio do fungo. 
Inicialmente ocorre pequenas manchas brancas, mas com o tempo se tornam acinzentadas. Também é possível observar clorose, após a clorose a atividade do fungo diminui. A massa branca de esporos, denominados de conídios é pulverulenta e desprende-se facilmente da planta e é levada pelo vento. Sob ataques intensos , toda planta é atacada, iniciando a infecção na base da planta, atingindo até a espiga. Os efeitos causados pelo fungo são irreversiveis  e o tecido lesionado é levado a morte.

Ferrugens: Bipolaris sorokiniana(mancha marrom), Stagonospora nodorum (mancha da gluma) e Drechslera tritici-repentis (mancha bronzeada). Esses microorganismos formam lesões necróticas com halo clorótico e possuem capacidade de sobreviver na semente. Portanto, o aumento da intensidade desses fungos em lavoura está diretamente condicionado a três fatores: ao uso de sementes infectadas, à monocultura e ao plantio direto.

Giberela do Trigo: Giberella zeae,giberela é facilmente identificável quando ataca a espiga. Os sintomas iniciais são localizados em uma ou várias espiguetas, podendo evoluir e disseminar-se por toda espiga. As espiguetas atacadas apresentam-se descoloridas, com aspecto esbranquiçado.O principal inóculo para infecção em espigas é constituído pelos ascósporos provenientes de peritécios formados nos tecidos senescidos de inúmeras gramíneas cultivadas.

Mosaico Comum do Trigo: Soil-borne wheat mosaic virus (SBWMV), o vírus é transmitido pelo fungo  Polymyxa graminis, fungo de solo, o vírus está presente dentro dos zoósporos do fungo. Alta umidade no solo, temperaturas entre 15º e 18ºC e solos de pH neutro ou ligeiramente alcalino são condições favoráveis a ocorrência da doença. Além do trigo, outras gramíneas como a cevada, o centeio, são hospedeiras do vírus. Os sintomas no campo são caracterizados pela presença de plantas amareladas, de crescimento retardado, com distribuição predominante em áreas onde a drenagem não é boa. O sintoma típico em folhas é o mosaico que se caracteriza pela alternância de áreas verdes e amarelas. 


                           
Imagem do Mosaico Comum do Trigo.

 
Imagem da Giberela do Trigo

Imagem de Oídio na folha do Trigo 


Millena Ganem Bannwart e Carlos Egito Jr.

http://www.cnpt.embrapa.br/biblio/p_co22.htm

O Manejo do Trigo

O trigo é uma planta de ciclo anual, possui raiz fasciculada com as raizes do centro mais compridas que as laterais, 55% das raízes são localizadas nos primeiro 25 cm de solo e 20 % entre os 25 e 50 cm de solo.
A temperatura para a germinação das sementes deve ser superior a 4°C e a óptima  de 20- 22 ° C, no afilhamento e diferenciação das espigas, temperaturas óptimas de 8-10° C. Durante o espigamento e a floração, as temperaturas óptimas oscilam entre 16-20 °C, e na maturação do grão, entre 15-20 °C. As temperaturas superiores a 30-32°C  durante a maturação do grão originam grão engelhado e de baixo peso específico.
O trigo necessita,aproximadamente, de 500 mm de precipitação durante o ciclo vegetativo. Necessidades mínimas de 40 mm à sementeira e germinação, 70 mm durante o alongamento do caule, 15 mm ao espigamento e 25 mm na floração e início da formação do grão.
Prefere os solos mais férteis, profundos, de boa estrutura e textura. Solos delgados e de texturas ligeiras são de evitar. pH 6.0-7.5. 

Fertilizações (kg/ha)
N: 50-180.
P2O5: 30-60.
K2O: 30-150. 
CaO: 35-40. 
MgO: 10-85. 
S: 24-26.
B: 0.015-0.08.
Cu: 0.03-0.075.
Fe: 0.038-0.045. 
Mn: 0.2-0.75.
Mo: 0.002-0.006.
Zn: 0.25-0.5.

Quanto menor a fertilidade do solo,maior será  a adubação 
Azoto- 30 a 60 kg/ha
Fósforo- 90 a 120 kg/ha
Potássio- 0 a 60 kg/ha

  
Carlos Egito Jr.
http://www.biosul.com/fertilizantes-para-trigo-e-cevada

Intolerâncias Não Celíacas

A doença celíaca é mais conhecida como intolerância ao gluten, porém, existem pessoas que não possuem a doença autoimune e sim alergia ao trigo e suas proteínas.
A Alergia ao Trigo, que é uma alergia alimentar clássica, marcada por reações na pele,respiratória, ou gastrointestinais aos alérgenos do trigo.
A Sensibilidade ao glúten, é muito parecida com a Doença Celíaca,porque Depois de consumir glúten, os pacientes podem experimentar muitos sintomas da doença, tais como diarreia, fadiga e dor nas articulações, mas não parecem ter intestinos danificados.
Existem dados observacionais de pacientes que relatam sintomas relacionados ao glúten, mas sem evidências de doença celíaca. Por exemplo, em uma série prospectiva de 94 adultos que relataram sintomas abdominais após a ingestão de cereal, 63% dos participantes do estudo não apresentavam doença celíaca ou alergia a cereais nos exames histológicos ou imunológicos.Apesar disso, esses indivíduos beneficiaram-se sintomaticamente de uma dieta livre de glúten, embora a dieta não tenha sido testada em um grupo separado de 30 controles. Historicamente, também tem sido observado que parece haver um aumento na prevalência de anticorpos antigliadina naqueles que reclamam de sintomas relacionados ao glúten (40%) e em pacientes com síndrome do intestino irritável (17%)em comparação a controles saudáveis (12%) apesar da exclusão de doença celíaca através de biópsias duodenais normais e testes negativos para anticorpos antiendomísio e antitransglutaminase tecidual.
Há incerteza se é a retirada do glúten especificamente que beneficia os pacientes, ou se outro componente do trigo é o culpado. A opinião de especialistas e um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo com repetição do desafio,sugerem que os frutanos fermentáveis (carboidratos presentes no trigo) podem provocar sintomas gastrintestinais em pacientes com síndrome do intestino irritável. Assim, a retirada do glúten pode, inadvertidamente, estar reduzindo a ingestão de frutanos, que interagem com a microbiota intestinal, havendo produção de gases e fermentação.


Carlos Egito Jr.

http://www.grupoa.com.br/revista-bmj/artigo/8507/sensibilidade-ao-gluten-na-ausencia-de-doenca-celiaca.aspx

Glúten, suas proteínas e o pão

Em 2002, segundo a  Associação Brasileira da Industrias de panificação e confeitaria ( ABIPC), o consumo de pão esteve em torno de 27 kg por habitante, o trigo possui uma característica de formar uma massa viscoelástica capaz de reter o gás produzido durante a fermentação e durante os primeiros estágios de cozimento do pão. As proteínas que formam o glúten, são responsáveis por essa característica unica do trigo.
A gliadina e a glutenina quando sofrem hidratação forma uma rede, chamada glúten. As gliadinas são proteínas de cadeia simples, com características pegajosas, responsável pela consistência e viscosidade da massaA gliadina consiste de um conjunto de unidades monoméricas polipeptídicas arranjadas numa supraestrutura auto-associada por ligações não covalentes. Um importante aspecto estrutural da gliadina é sua composição de aminoácidos, representada majoritariamente por apenas três resíduos de aminoácidos (glutamina, prolina e fenilalanina), que se organizam num motivo octapeptídico característico, repetitivo ao longo da molécula. Assim como as diversas frações proteicas do glúten, as gliadinas constituem sistemas proteicos complexos, insolúveis em meio aquoso, não globulares e altamente associados.
A glutenina, por sua vez, apresentam cadeias ramificadas, responsável pela resistência à extensão na massa. As gluteninas são um grupo heterogêneo de proteínas poliméricas formadas por subunidades ligadas por ligações dissulfeto . Essas subunidades podem ser divididas em dois grupos de acordo com suas massas molares.
As proteínas do glúten são as proteínas de reserva do trigo. Elas são facilmente isoladas em forma relativamente pura, pois são insolúveis em água. Quando isolado a partir da farinha de trigo, o glúten contém (em base seca), aproximadamente 80% de proteína e 8% de lipídios, o restante é composto por carboidratos e cinzas.
Para se obter uma massa de pão maior é necessário que a farinha contenha mais glúten, pois assim a capacidade de retenção de gás é maior. A farinha mais utilizada para a panificação é aquele que possui agentes oxidantes, pois atua diretamente sobre as estruturas de proteínas reforçando a rede de glúten através da formação de ligações dissulfídicas.





Carlos Egito Jr.
http://www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/0045/
http://www.uesb.br/ppgengalimentos/dissertacoes/2011/PARTI%C3%87%C3%83O%20DE%20GLUTENINA%20DE%20FARINHA%20DE%20TRIGO.pdf

Banco de Germoplasmas

     
                              
     O banco de Germoplasmas tem como objetivo, promover o enriquecimento e a conservação da diversidade genética de trigo, assim como a caracterização e a organização das informações dos acessos conservados, com o intuito de disponibilizar, para a pesquisa ampla diversidade genética deste cereal, visando atender as necessidades de uma agricultura sustentável e de maior competitividade de mercado.
No Brasil existe essa tecnologia de conservação do trigo , é utilizada, no estado do Rio Grande do Sul na cidade de Passo Fundo, onde está localizada a EMBRAPA trigo e é nela que se conserva em torno de 13.000 acessos de trigo em câmara de conservação em condições de temperatura e umidade relativa do ar controlada. Nessas câmaras estão incluídas cultivares e dividida por, linhagens, sintéticos, genótipos oriundos do exterior.
''Pesquisadores chineses da área de agricultura vieram ao País na semana passada para conhecer os projetos da Embrapa com diferentes culturas e debater o intercâmbio de germoplasma entre Brasil e China. A atividade fez parte do acordo de cooperação científica firmado pelas duas nações. Os sete profissionais asiáticos fazem parte da Chinese Academy of Agricultural Sciences (CAAS).
A visita foi uma forma de aproximar os pesquisadores brasileiros e chineses. Os profissionais vindos do Extremo Oriente são curadores dos bancos de germoplasma da CAAS, os responsáveis por fazer o intercâmbio de recursos genéticos entre o CAAS e a Embrapa e por liberar o acesso aos dados para serem compartilhados entre as instituições.
O acordo firmado entre as nações prevê o compartilhamento de material genético em seis diferentes áreas da agricultura: milho, trigo, soja, amendoim, hortaliças e frutas. A parceria vem se estreitando nos últimos meses e, inclusive, há uma profissional brasileira lotada na instituição chinesa para compartilhar experiências e conhecimentos com os pesquisadores daquele país."
(Agência Gestão CT&I, com informações da Embrapa)




  • Você deve se perguntar por que tanto investimento nessa área?
O Brasil por possuir solos ácidos, deficit hídrico, em algumas partes do país, e a ocorrência de elevado número de doenças nas terras agrícolas são barreiras para uma boa produção nacional de trigo. Somente relacionado às doenças o Brasil perde em torno de 500 mil toneladas de trigos anualmente, sem falar em perdas no transporte. Neste contexto, o grande desafio da pesquisa na área de recursos genéticos é disponibilizar plantas de trigo para se adaptar ao solo ácido, ao estresse hídrico e outros fatores climáticos e esse estudo além de levar tempo, investe-se milhões em pesquisas.


http://www.agenciacti.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4939:brasil-e-china-dividem-conhecimento-na-area-de-germoplasma&catid=161:internacional&Itemid=226

http://plataformarg.cenargen.embrapa.br/rede-vegetal/projetos-componentes/pc2-bancos-ativos-de-gemoplasma-de-cereais/planos-de-acoes/pa9-banco-ativo-de-germoplasma-de-trigo

http://www.revistaplantar.com.br/primeiro-banco-de-germoplasma/
Carlos Egito Jr.

Glúten no Intestino

     
      Para quem busca uma vida saudável deve cortar de seu cardápio alimentos que possuem glúten em sua substância. Segundo médicos e especialistas, o glúten quando chega ao intestino ele se transforma em uma espécie de ''cola'', que gruda nas paredes intestinais. Com o consumo excessivo, provoca no organismo, saturação do aparelho digestivo, aumento da gordura visceral, dores articulares, enxaqueca e até depressão.

     Com esse aumento no consumo, o corpo responde de diversas maneiras, obesidade, síndrome de resistência à insulina, deficiência de cálcio, alergias, diarréias e doenças auto-imunes. Os chineses consideram o excesso de glúten sinal de má higiene interna, já que os alimentos ricos nessa substânicas causam diminuição no metabolismo, favorecendo o ataque de bactérias.

     Quando uma pessoa decide abrir mão de alimentos com glúten, no começo existem diversas dificuldades, mas para obter sucesso deve-se ingerir frutas, mas nada em excesso, para quem tem alergia ultiliza-se o método da colonterapia, que é um procedimento de lavagem do intestino grosso que faz circular de 40 a 50 litros de água provocando uma limpeza e desintoxicando o organismo.

     Consumindo em excesso vai retendo cada vez mais toxinas no organismos e promovendo a disbiose, que é a alteração da flora normal, com a fermentação e retenção de líquidos. Ocasionando diversas doenças articulares, inflamações.Depois da colonterapia, o intestino volta a produzir a serotonina.

     Um outro dado interessante é que alimentos gerais levam 18 horas da mastigação até a eliminação pelo reto. Alimentos com glúten levam até 26 horas, ou seja, essa dificuldade na metabolização do alimento causa essa infinidade de doenças que prejudicam.

     Por isso, a diminuição no glúten é uma dieta ultilizada por pessoas que querem emagrecer e ter uma vida mais saudável, essa dieta surgiu nas academias, com o intuito de reduzir  o acúmulo de gordura na parte abdominal. Vou listar alguns alimentos que geram energia para o corpo e não contém glúten.
  • Pão de Aipim
  • Pão de milho
  • Macarrão de arroz
  • Cookie de soja
  • Tapioca (Mandioca)
http://www.senado.gov.br/senado/portaldoservidor/jornal/jornal70/saude_contem_gluten.aspx
http://www.luizcarlosmendonca.com.br/pao.html
Carlos Egito Jr.

Glúten: Ruim para quem?

Titulo usado na reportagem da revista VEJA, indaga o porquê da eliminação do glúten nas dietas atuais.

A reportagem  retrata que o glúten não engorda e que deixar de come-lo pode ajudar a emagrecer, mas pela redução do carboidrato e não da proteína.
Alguns especialistas iniciaram um movimento contra o glúten, para provar que a proteína está ligada ao aumento de doenças graves, como as cardíacas e o Alzheimer.
As celebridades dizem que seus  corpos magros e esbeltos estão ligados à dieta sem glúten, muitos nutricionistas defendem que a eliminação do glúten e as dietas Detox, proporcionam maior beneficio nutricional, entre os médicos é raro quem defende, pois não há  evidencias cientificas que comprovem o funcionamento da dieta.
Os alimentos ricos em carboidratos e com alto indice glicemico,são aqueles que o glúten está presente, como as massas, bolos, biscoitos, que podem engordar e aumentar o indice glicemico. Porém essas consequencias não são desencadeas pelo gluten em si, e sim, pelo açucar que contem no carboidrato.
"Se uma pessoa está acima do peso, não é porque está comendo glúten. E, se emagrece com a dieta sem glúten, não é pela ausência dele, mas pela redução do consumo de carboidrato", diz Vera Lúcia Sdepanian, chefe da disciplina de gastroenterologia pediátrica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O gluten é prejudicial para aqueles que possuem a doença Celiaca. Quando um celiaco consome gluten, seu sistema imunologico reconhece a proteina como um inimigo e reage contra ela, prejudicando o intestino delgado e a absorção de nutrientes. Há ainda pessoas que não sofrem da doença celíaca,mas tem intolerancia ao gluten, elas passam mal quando consomem a proteina, mas não tem o intestino danificado e não sofrem uma doença crônica.
Para o restante da humanidade, ainda não se provou que comer um prato de macarrão prejudique a saúde. "O glúten é uma proteína complexa, mas o tubo digestivo de pessoas livres de doença celíaca está totalmente preparado para digeri-lo sem qualquer problema", diz Flávio Steinwurz, gastroenterologista do Hospital Albert Einstein e do Colégio Americano de Gastroenterologia. "Se o glúten prejudicasse a absorção de nutrientes no intestino de todas as pessoas, estaríamos todos desnutridos.''


Carlos Egito jr.

Celíacos Cadastrados no Brasil

Tabela de Celíacos cadastrados no Brasil,  porcentagem por idade, pesquisa feita nos anos de 2001 e 2002. Ainda estão realizando pesquisas para indicar quantos Celíacos estão presentes na população de 2014.

 Tabela de Celíacos por Estados brasileiros, indicando que cerca de  30% da população em São Paulo possui a doença Celíaca.

Millena Ganem Bannwart
http://www.ilsi.org/Brasil/Documents/Presentation%20Trigo.pdf

Gérmen de Trigo

O gérmen de trigo é o núcleo nutritivo do grão de trigo, este gérmen é retirado durante a moagem da farinha branca, ocasionando em uma grande perda de boa parcela de nutrientes.
Embora seja a menor parte do grão, o gérmen está repleto de nutrientes, incluindo a vitamina E, a tiamina, o ácido fólico, o magnésio e o zinco. Duas colheres de sopa de gérmen de trigo torrado contêm 55 calorias, mais de 22% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) de vitamina E e de zinco, mais de 15% da IDR de tiamina e fósforo, assim como 17% de ácido fólico, 15% de magnésio, além de quantidades úteis de outras vitaminas B, ferro, cobre, potássio e manganês. O gérmen de trigo também contém 4 gramas de proteína e quase 2 gramas de fibra.
O gérmen de trigo traz diversos benefícios para o coração, a vitamina E presente no gérmen, é um poderoso antioxidante ligado a saúde do coração, também reduz a quantidade de açúcar no sangue. A gordura presente no gérmen de trigo, é polinsaturada, que ajuda a reduzir os níveis de LDL (colesterol ruim). A vitamina B1 pode produzir efeitos semelhantes ao da insulina, não substitui a insulina, mas é provável que facilite em alto grau o acesso da insulina às células orgânicas.
Rico em ácido fólico, importante para as grávidas e lactantes. A falta de acido fólico durante a gravidez pode trazer má formação ou crescimento incorreto do bebe. As pessoas com diarreias constantes, com a doença de Crohn ou com colite ulcerosa, normalmente sofrem de carência de nutrientes como o acido fólico, pela má absorção que têm, por isso é de todo conveniente tomarem gérmen de trigo, melhor dizendo todas as pessoas com problemas digestivos beneficiam de o tomarem.
Carências na vitamina B6 (piridoxina) produz problemas na pele e no cabelo, tanto seborreia como queda do cabelo, por isso é importante para as pessoas com este tipo de problema adicionarem gérmen de trigo à sua alimentação, também pelo seu elevado conteúdo em zinco. A piridoxina também ajuda a manter os níveis de açúcar normais, contribui para a fluidez do sangue, reduz os sintomas pré-menstrual, ajuda na memória e reduz os ataques de asma.





Millena Ganem Bannwart

http://casadasaudenatural.blogspot.com.br/2013/09/porque-devemos-consumir-germen-de-trigo.html
http://guiaalimentacaosaudavel.blogspot.com.br/2012/07/germe-de-trigo.html

Estatísticas da Farinha

Tabelas retiradas do site da Associação Brasileira da Indústria do Trigo ( Abitrigo).